Ufa… cresceram!

I’m not a #mommytype ! Apesar de muita gente me dizer que sempre me imaginou cheia de filhos.

Que adoro os meus filhos desde sempre é inquestionável mas, o papel de mãe… not so much.

Não acho piada a bebés, muito menos recém-nascidos. Cheiram bem, são quentinhos, as roupas são amorosas, mas não nos dizem nada, não interagem connosco, não têm graça.

Depois começam a crescer e a fazer algumas gracinhas – repetidas vezes as mesmas gracinhas – sem se cansarem. Literalmente sem se cansarem! Porque chega a pior fase – os 9 meses. A fase em que não andam e são pesados. Já não fazem tantas sestas e não param quietos. Temos de andar sempre atrás ou com eles ao colo e entretanto vêm “as agulhas” (os caninos) – God! Não param de se babar, ficam super irritados, têm febres inexplicáveis e até diarreias por causa do raio dos dentes.

De repente começam a andar – top. Estamos mais perto! Só que demoram a ficar totalmente autónomos. Caem constantemente e batem com a cabeça em todos os móveis.

Agora, o António está com ano e meio e a Luisinha mais dois certos. E estão mesmo engraçados! Já dormem melhor (isto ajuda muito!), a Luisinha fala tudo e o António começa a dizer algumas palavras mas explica-se bem e já brincam os dois. E é mesmo giro estar com eles, brincar com eles, ensinar-lhes coisas… é mesmo top!

Dantes tinha preguiça de vir para casa e agora tenho vontade de vir e passar tempo com eles. E isso é TÃO bom!

Ufa… cresceram! Finalmente! 😃

Faz sentido viver a esta velocidade?

Vivemos uma vida atribulada.

Sem tempo para nada! Numa azáfama de tarefas que não nos deixa saborear nenhum momento.

No domingo, enquanto organizava a semana com o Tó, pensei: a semana descrita assim parece mínima! E, realmente, é mínima. O tempo que temos para nós é quase nulo!

O tempo de trabalho também é tempo para mim! Porque eu gosto de trabalhar e sinto-me bem enquanto o faço. Mas, mesmo esse, é curto!

Parece que que a vida nos escorrega pelas mãos! 

Eu nunca tive o sentimento de “que a vida passa a correr”, nem sinto que o que se passou há 10 anos “parece que foi ontem”. Só sinto que o dia a dia não rende. Que chego as 16h da tarde e nem sei como o tempo voou até ali! Sou só eu?

Chego a casa e começo uma sequência de tarefas que acaba à 1h da manhã, na cama, ansiosa por adormecer. E, entretanto, não tive um minuto para mim ou para conversar, ou para brincar com os meus filhos. 

Invejo muito os casais que conseguem deitar os filhos as 21h (que são quase todos!). Infelizmente, se tiver os dois a dormir as 23h já fico muito feliz. 

Às vezes pergunto se faz sentido viver desta forma… mas qual é a alternativa? Alguém sabe?

Namorar

Quando ficámos noivos, muita gente nos disse “nunca se esqueçam do vosso casamento, tratem-no como um primeiro filho”. 

Tenho a sorte de ter um marido que valoriza o tempo para namorar e que gosta, efetivamente, de passar tempo comigo! Muitos casais não gostam de passar tempo um com o outro.

Até à gravidez do António conseguimos fazê-lo bem porque deixar um filho é fácil, deixar dois já não é tanto e, para além disso, também estamos exaustos destes meses não dormidos e nem temos forças para inventar programas. 

A verdade é que com a correria do dia a dia é fácil tornar-mo-nos mais numa equipa do que num casal – temos determinadas tarefas e temos de nos organizar para cumpri-las. Para além disso, acho que estamos a ganhar gosto em brincar com os filhos, de conversar com eles, porque estão a ficar mais crescidos e passamos tempo a fazê-lo. 

O caminho mais fácil é refugiar-nos nos momentos em família que nos apaixonam pelo orgulho que temos nos nossos filhos e no que já construímos! Isto liga-nos mais do que tudo ! E é uma ligação sem-igual. Que não existiu antes, com ninguém.

Mas o casamento tem de existir per se. A #leonoreto nasceu primeiro do que a #babylu e #minito e #momoftwo, etc. E precisa de tempo e de cuidado.

Acredito que é importante ter esta ideia/preocupação no top of mind mas sou uma sortuda por poder esperar com tranquilidade pelo momento mais acertado para o fazermos porque, entretanto, há muito que nos une! E nada que nos separa ❤️

Love you 

Debaixo das saias da mãe

Só a mim é que me acontece isto?

Só eu é que me sinto mal por não me lembrar constantemente dos meus filhos durante o dia?

Às vezes chego ao fim de um dia de trabalho e penso “acabou o dia, a Luisinha já está em casa, e eu nem pensei em como ela estaria na escola…” – nó no estômago.

Talvez por ter vivido um ano inteiro com ela em casa, estranho imenso o facto de não fazer ideia de como lhe está a correr o dia. Às vezes tento quase visualiza-la na escola – o que estará a fazer? Será que está a brincar com alguém? Será que não tem vergonha de dizer à professora se precisar de alguma coisa? É muito estranho termos cada uma a nossa vida!

Com o António é diferente, ele está em casa da minha mãe. Consigo saber a qualquer minuto o que se passa com ele e sei mais ou menos como são os dias – para ele, todos iguais!

Mas a Luisinha está entregue a pessoas que não conheço bem, com miudos que não conheço. Para me dificultar este exercício de imaginar o que estará a fazer, todos os dias pergunto “O que fez na escola hoje?” e ela responde-me, invariavelmente, “Brinquei.”. Depois de eu puxar um bocadinho mais conversa, às vezes, conta mais alguns detalhes mas muito raramente.

Normalmente, vou-me apercebendo das coisas que aprendeu, mas sempre por acaso! Porque a apanho a brincar e a debitar “a matéria dada”. Sei que já aprendeu as formas geométricas, e que viu o Aladin e a Doutora Brinquedos. Mas um dia recebi alguns trabalhos manuais feitos por ela e pensei “WHATT?? Andaram a pintar os pés e as mãos e ela não me contou?.. Quando é que isto foi?..”

É muito estranho ter uma vida separada da dela. Sempre adorei ve-los crescer mas acho que estou a sentir estas “dores de crescimento” de mãe de sentir que no mundo ideal, a teria sempre “debaixo das minhas saias”.

Já não é um bebé

Neste fim-de-semana percebi que a #babylu já não é mesmo um bebé. Está uma rapariga já crescida!

Fiquei sozinha com eles todo o fim-de-semana e foi………..intenso.

No sábado ficámos todo o dia em casa e, no domingo, saímos durante todo o dia. E correu tão melhor! É muito mais fácil tomar conta deles fora de casa. No sábado à noite a casa parecia um campo de batalha!

Ja tinha reparado que a Luisinha está a ficar mais difícil de levar. Tem imensas vontades e quereres e está obcecada por desafiar. Quanto mais lhe digo para não fazer, mais ela insiste em fazer. Fica a fazer a asneira à minha frente, sempre olhos nos olhos! Achava que esta fase ia chegar mais tarde e não estava preparada para lidar já. Mas siga! Mesmo! Acredito mesmo que não podemos ignorar por ser mais fácil. Sou apologista de que os pais devem fazer questão de ganhar estas “disputas”. Mas aiiiiiiiiii que SACO! Às vezes, apetece mesmo ignorar.

Para além de estar a passar a sua primeira adolescência, já tem uma gramática muito mais perfeita, vocabulário sempre teve, mas faz imensas graças! Tem imensos raciocínios super engraçados! E observa tudo! Sempre foi observadora mas agora, para além de observar, tira imensas ilações  do que observa. E tem muita graça!

Mas o melhor são as conversas que ela consegue ter a cantar uma música qualquer.

Prometo filmar estes momentos e partilhar porque tem imensa graça!!

(isto não é um post saudoso! Adoro que ela cresça e evolua! Não tenho saudades de quanto era bebé. Já estou ansiosa que o António comece a falar!)

Casava já outra vez!

Quando vou a casamentos, passo a festa toda a pensar (e a dizer, muitas vezes) “casava já outra vez!”. Adoro casamentos e adorei casar-me! Sempre sonhei com este dia e tive a sorte de encontrar a pessoa certa – e não ter a mínima dúvida de que era ele, o “homem da minha vida”.

Casei-me cedo, com 24 anos, fui a primeira das minhas amigas, e tive a sorte de poder ter um casamento como sempre quis. Aliás, superou as minhas expectativas!

Estive noiva 8 meses (5 meses com anel) e, durante estes meses, conheci todo um mundo novo! A oferta gigante que existe para cada um dos detalhes mas que, na realidade, quase nenhuma serve! Até encontrar o que gostamos, fomos afunilando a oferta até conhecer os serviços que nos serviam como uma luva! A minha mãe e avó foram cruciais na organização deste dia – até mais do que eu – porque, caso tivesse de tratar sozinha, ficava completamente perdida.

Como fui a primeira a casar dos meus amigos, pude escolher tudo sem o stress de “copiar” alguém ou de as pessoas já estarem fartas de comer determinado prato ou de o modelo de vestido já estar muito visto.

Cá em casa, fartamo-nos de ver e rever o nosso vídeo de casamento e estivemos a ve-lo com a #Babylu que delirou!

Hoje fui à inauguração fo novo espaço @theweddingvilla e revisitei o tempo em que estive noiva! Este conceito veio revolucionar a organização de um casamento. É como se fosse “a mãe e avó” de todas as noivas! No mesmo espaço, os noivos encontram todos os serviços reunidos, com vários fornecedores à escolha. É como me disse a Mariana (uma das sócias do espaço) “é como se fosse um blog físico”.

Isto pode parecer um post promocional mas, quem me conhece está a rever-me claramente em tudo o que disse e sabe que sempre fui doida por casamentos. Acreditem: durante o tempo que lá estive, só pensava “aiii quem me dera casar outa vez!” – com o mesmo noivo, claro ! 🙂 Depois fazemos umas bodas em grande!

 

Parem de me perguntar quando vou ter um terceiro filho.

Estou ótima com o “casalinho piroso”. Parem de me perguntar quando vou ter um terceiro filho.

Qual é a ideia?… Posso dizer que todos os dias, pelo menos uma pessoa, me pergunta quando vou ter um terceiro filho. As pessoas mais aleatórias, nos mais variados contextos. Mas o que é que se passa? Eu sei que na maioria das vezes é só small talk mas, ainda assim, há outras coisas mais giras para falarmos.

Primeiro, ainda estou a viver o pós-parto – o António ainda nem fez 1 ano!; para além disso, existe ainda uma outra possibilidade que as pessoas nem equacionam: não vir a ter mais filhos.

Não equacionam nem admitem. Já respondi várias vezes que não vou ter e parece que isto cai como uma bomba! Choque! “Como assim?… Não vais ficar com o casalinho piroso.”. Hm.. se calhar vou.

Eu sabia que existe a dinâmica de “Quando casas?” e, logo chegados da lua-de-mel, “Para quando um bebé?”. Até aqui estava preparada. Quando nasceu a Luisinha, não demorou muito a ouvir a pergunta “Quando tens outro?” mas acho que, desta vez, começou tudo mais cedo! Se calhar tive o António muito seguido e criei toda uma expectativa de que teria 10 ou 15 filhos. Será?

E as pessoas nunca se ficam pela curiosidade genuína de querer saber o que sinto sobre isso. As pessoas opinam e ralham e têm imenso a dizer sobre o assunto! Para além do célebre comentário do casalinho piroso, é um clássico ouvir: “O número ideal é três, por causa do carro”;  “A Luisinha precisa de uma irmã.”; “Que estupidez ficar só com dois.”, “Não acredito que não venhas a ter mais.”.

Guess what? It is NOT your business. Se querem fazer conversa sobre filhos, perguntem, coisas sobre os meus filhos atuais. Tenho imensa coisa para contar sobre eles!

Thanks!

 

 

Pai Natal rules!

Siga criar uma regra universal para a forma como vendemos o Pai Natal às crianças?

Acho que nunca me vou esquecer do dia em que me disseram que não havia Pai Natal e da desilusão sinistra que senti – ainda por cima foi no dia de Natal antes de irmos abrir os presentes.

Acreditar no Pai Natal é das coisas mais mágicas que existe! Em idades em que o mundo é perfeito, em que não nos preocupamos com nada e a nossa principal ocupação é brincar-comer-dormir, existir a possibilidade de haver um senhor que sobrevoa o mundo inteiro numa só noite num trenó puxado por renas para entregar presentes a todas as crianças é só a cereja no topo do bolo. É incrível poder acreditar nisto, porque quem acredita nisto, consegue acreditar em tudo o resto – não tem impossíveis! É mesmo magia! 

E, mesmo que seja inevitável um dia termos a desilusão de descobrir que é tudo mentira, vale a pena todos os segundos em que acreditamos.

Agora que sou adulta e mãe e tenho de me preocupar em criar este sonho nos meus filhos, deparo-me com algumas dificuldades – fora o facto de não me dar jeito nenhum esconder-me para embrulhar presentes (e confesso que este ano ainda vacilei um bocado, por eles serem tão pequenos); fico meia perdida em gerir as diferentes versões que as famílias inventam para a entrega dos presentes. Vão ao natal de uns avós e os presentes vêm na mala do carro dos tios, depois passam para casa de outros avós e os presentes estão divididos em montes ao pé da chaminé… E ainda há sempre aquela avó/avô que diz alguma coisa do género “aqui em casa o Pai Natal pede para eu comprar os prsentes” – WHATTTT?

Depois por que é que o Pai Natal chega a umas casas no 24 à noite e, noutras casas, só vai durante a noite quando ninguem o vê e deixa os presentes para 25 de manhã?… E nós, pais, andamos a segurar pontas para criar uma narrativa credível.

Portanto, vamos criar uma regra universal para não termos de ser tão criativos na hora dos presentes? Quero mesmo que os meus filhos acreditem no Pai Natal! Na verdade, até eu gostava de acreditar no Pai Natal!

Os blogs morreram – mas o meu, ainda não.

Durante o último ano repeti esta frase para justificar o porquê de não escrever nada há algum tempo. E é o que acho. Realmente já quase ninguém lê blogs. Porque é muito mais fácil e rápido seguir contas de Instagrammers e achamos que ficamos a conhecê-las a 100% e conhecemos os filhos e os maridos e as casas etc.

A verdade é que sistematicamente encontro pessoas que me perguntam “quando voltas a escrever no blog?” e, depois de eu dizer que já não estava a pensar fazê-lo, dizem que têm pena porque liam sempre os meus posts. Pessoas de todas as idades e dos contextos mais variados.

Acho que, apesar de nos darmos a conhecer através das redes sociais como pessoas e contexto, é no blog que damos a conhecer o que pensamos, em cada momento. Posso ter escrito aqui há uns tempos uma “verdade absoluta” e, passado 3 anos, escrever o oposto – porque é isto que é espelhado num blog – a nossa evolução. É um conhecimento mais profundo e sustentado.

Vim visitar o meu blog e encontrei este post de quando o blog fez 3 anos e repito a mesma filosofia: escrevo quando me apetece e sobre o que quero.

E como o meu pai diria “Quem vem, vem. Quem não vem, fica.”

Back to work

1 ano a ser mãe a tempo inteiro. 1 ano com muitas fases – não foi um ano sabático como muitos acham. Não tive oportunidade de o aproveitar para “fazer coisas”! Mas, para o caso, não interessa.

Estou de volta ao trabalho e às minhas rotinas normais. “Rotinas normais” lol, novas rotinas. As mesmas mas com dois filhos (God).

Este regresso foi muito desejado por mim, sentia imensa necessidade de voltar à minha faceta profissional, de me distrair e quase que arrisco dizer, “descansar” no escritório. Estranhamente, o tempo em que estou a trabalhar, sinto-o como “tempo para mim”, pelo menos para já, durante a primeira semana…

A adaptação não está a ser tão fácil como achava porque os meus filhos, ao contrário de TODOS OS OUTROS, não estão na cama às 21h, nem dormem a noite toda. Nem por sombras. Demoram a adormecer, que é como quem diz, o António adormece às 2h da manhã e acordam várias vezes durante a noite – intercalados! Que organizados!! 😀

A privação de sono é o pior de ser pais. Sabem quando não conseguem dormir uma noite por algum motivo e no dia seguinte qualquer movimento custa a fazer ou apetece responder a toda a gente com 7 pedras na mão? Pronto, agora imaginem isto dia após dia mas com a agravante de, todos os dias, teres duas crianças a cargo. Ou seja, mesmo que seja 6ª feira e decidas descansar no fim-de-semana – não dá! Vai ser igual.

Long story short: está-me a saber bem voltar, estou entusiasmada mas muuuito cansada!

P.S.: por favor, alguma mãe (ou pai) que se identifique com este quadro, entre em contacto comigo urgente, para podermos chorar em conjunto. Porque, até agora, só conheci aquelas famílias perfeitas que põe os filhos às 21h da noite na cama e podem jantar sossegados e ainda ver uma série.